ISIS vende objetos cristãos e transforma igrejas em câmaras de tortura
O Estado Islâmico (ISIS) está transformando igrejas cristãs no Iraque e na Síria em masmorras e câmaras de tortura. Relíquias e até murais inteiros estão sendo arrancados de igrejas e contrabandeados através das rotas de contrabando de petróleo e armas, uma vasta região que o exército jihadista reivindicou como soberano sob a lei Sharia.
“O ISIS tem como objetivo declarado acabar com o cristianismo”, conta Jay Sekulow, do Centro Americano para Lei e Justiça e autor de “Ascensão da ISIS: Uma ameaça que não se pode ignorar”, ao FoxNews.com “Eles estão crucificando cristãos, incluindo crianças, e destruindo igrejas. Este grupo não se importa com o que for necessário fazer a fim de arrecadar fundos para sua missão terrorista.”
Ainda não se sabe ao certo quantas igrejas foram depredadas ou roubadas. O que se sabe é que o grupo terrorista tem atacado os grupos religiosos que não abraçam sua interpretação violenta do Islã. “Em suma, o ISIS é composto por psicopatas motivados por sua religião”, conta Sekulow.
Em julho passado, militantes do ISIS utilizaram marretas para destruir o túmulo do profeta Jonas, em Mosul. Na mesma época, destruíram igrejas sunitas no norte da província de Nínive, incluindo o templo Saad bin Aqeel Husseiniya, na cidade de Tal Afar e a al-Qubba Husseiniya, bem como outras igrejas cristãs na Síria.
Na região o cristianismo e o judaísmo têm poderosos laços históricos. Relíquias preciosas estão lá. “Este é o lugar para onde Abraão, o patriarca, veio. É também o lugar para onde Moisés conduziu os hebreus à Terra Prometida e onde Jesus Cristo nasceu, caminhou, morreu e ressuscitou. As peças roubadas aqui adquirem alto valor no mercado negro”, assegura Shaul Gabbay, estudioso sênior da Universidade de Josef Korbel Escola de Estudos Internacionais de Denver.
Especialistas acreditam que o contrabando de artefatos religiosos realizado pelo Estado Islâmico é tanto para ganhar dinheiro quanto para limpar a região de qualquer menção ao cristianismo.
Os militantes islâmicos têm transformado igrejas em Qaraqosh e outras cidades iraquianas em câmaras de tortura, de acordo com o jornal The Sunday Times. Um líder religioso, chamado de Abu AASI, disse ao jornal que havia muitos presos nas igrejas Bahnam Wa Sara e Al Kiama.
“Essas duas igrejas estão sendo usados como prisões e para a tortura”, disse ele na clandestinidade.
“Há presos que ao concordam com a visão do ISIS, mais a maioria deles é de cristãos.”
Acredita-se que apenas 3% da população do Iraque professa o cristianismo. Eles viviam em relativa liberdade religiosa, mas a cerca de dois anos têm enfrentando severa perseguição do Estado Islâmico.
Em particular, os cristãos da etnia Yazidi, são os mais perseguidos. Eles são acusados de serem adoradores do diabo. Milhares foram assassinados. Outros milhares tornaram-se refugiados.
“Sabemos que o ISIS considera os cristãos como infiéis, sem direitos humanos”, disse Sekulow.
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